Lendas urbanas comuns nos Estados Unidos


Estamos na semana do Halloween, festa típica da cultura norte-americana. Por isso, achamos que falar de “urban legends” (lendas urbanas em inglês) combina bem com esta semana. Já falamos de lendas e do folclore tradicional dos EUA. Essas lendas urbanas são uma variação moderna: são lendas contemporâneas, histórias sobrenaturais ou sensacionalistas que são amplamente divulgadas não apenas de forma oral, como também, hoje, pela internet.

Bloody Mary

A Bloody Mary é uma lenda urbana similar à Loira do Banheiro aqui no Brasil em vários aspectos: ela é muito contada em escolas, assusta as crianças e envolve uma moça morta aparecendo após ser chamada. A diferença é que Bloody Mary é chamada à luz de velas no espelho do banheiro. De acordo com a lenda, chamando treze vezes, Mary aparece. “Bloody” quer dizer “ensanguentada” e, também, “sanguinária”. Na maior parte das variações da lenda, Mary aparece para se vingar. Porém, há quem diga que ela é boazinha e só quer conversar, prever seu futuro. Quer arriscar?

The Killer in the Backseat

Imagine a cena: você está voltando para casa tarde da noite numa estrada deserta. De repente, pelo “rear-view mirror” (retrovisor), você nota que um carro atrás começa a dar farol alto e a seguir você em altíssima velocidade. Desesperador? A personagem principal desta lenda urbana também achou – tanto que correu para casa. Ao chegar lá, seu perseguidor grita para que ela se tranque e chame a polícia. Esta é uma lenda urbana apavorante, mas de final feliz: o sujeito do outro carro viu que havia um “killer” (assassino) com uma “butcher knife” (faca de açougueiro, cutelo) no “backseat” (banco de trás) dela e, por isso, começou a chamar sua atenção. E foi sua intervenção que salvou a vida da moça.

Carmen Winstead

Em tempos de internet, a gente achou que valia citar uma “urban legend” surgida numa “chain letter”, “chain e-mail” ou “round-robin e-mail”, ou seja, uma corrente de e-mails. Segundo a corrente, Carmen Winstead era uma menina de 17 anos que sofria bullying e foi empurrada em um “sewer drain” (dreno de esgoto) por um grupo de meninas. Elas alegaram que ela caiu e, pelo que se conta, a polícia acreditou. Carmen voltou e matou as meninas. E as correntes insistem que você, claro, repasse o e-mail, com a mensagem: “She was pushed” (Ela foi empurrada). Caso contrário, Carmen “will come after you” (virá atrás de você).

Sewer Gators

Os “sewer gators” ou “sewer alligators” (aligátors do esgoto – em tempo, aligátors são primos de jacarés e crocodilos) são uma lenda urbana de quase 100 anos. Dizem que vários desses bichinhos gigantes moram nos esgotos de Nova York e são capazes de engolir equipes inteiras que descem ali para trabalhar. Eles teriam ido parar ali depois que várias famílias foram à Flórida passar as férias, trouxeram filhotinhos de aligátors de volta e, quando começaram a crescer, os pais “flushed them” (jogaram na privada e deram descarga). A prefeitura de NY nega que isso seja verdade, porém, esta lenda surgiu de um fato relatado no NY Times nos anos 30, quando corpos desses animais foram encontrados no rio do Bronx.

The Vanishing Hitchhiker

Um “hitchhiker” é alguém que pede carona. Nessa história, trata-se de uma menina que pede carona para as pessoas e, logo em seguida, “vanishes” (desaparece). A forma de desaparecer varia: pode ser no meio da viagem de dentro do carro em movimento, ou no dia seguinte, quando a pessoa que deu carona vai procurá-la na casa dela e descobre que a menina morreu há anos. O dia da carona seria a data de aniversário da morte da menina. Por se tratar de um fantasma, a história também é conhecida como “ghostly hitchhiker” (caronista fantasmagórica).

The Kidney Heist

Cinema e internet ajudaram a imortalizar a lenda do “kidney heist” (roubo do rim). De acordo com a lenda, alguém sai para se divertir, aceita uma bebida de um estranho e apaga – acorda só no dia seguinte, imerso numa “bathtub full of ice” (banheira cheia de gelo) com um telefone na mão para chamar a emergência. Logo, a vítima descobre que teve seu “kidney” extraído para ser vendido no “black market” (mercado negro).

The Clown Statue

Eu nunca tive medo de palhaço. Foi uma surpresa crescer e descobrir que muita gente tem esse medo – mesmo adultos (aliás, essa semana, a gente falou de medos em inglês). Essa história pode ter colaborado para isso: uma “babysitter” estava cuidando das crianças enquanto os pais estavam fora jantando. Ao ver uma “disturbing clown statue” (estátua de palhaço perturbadora) no canto da sala, a babá liga para os pais das crianças e pergunta se pode cobri-la. O pai a orienta a sair da casa naquele instante e chamar a polícia. Ela obedece e, depois, descobre que o pai fez isso porque eles nunca tiveram uma estátua de palhaço. Era um anão vestido de palhaço que estava escondido na casa para pegar as crianças.

E aí, gostou das “urban legends”? Conhece alguma que a gente não listou? Conte para gente sua lenda urbana nos comentários!

Escrito por Vanessa Spirandeo.